Tiradentes O Mártir da Inconfidência Mineira
Tiradentes
Que lutou por justa causa era alferes,
posto equivalente ao de tenente,
no Regimento da Cavalaria Militar,
em Vila Rica (atual Ouro Preto),
quando entrou em contato com as
idéias iluministas que um grupo
de proprietários, padres, militares e
intelectuais mineiros pregavam,
a fim de proclamar uma república
independente em Minas Gerais.
Antes tinha sido tropeiro, mascate e
dentista prático, o que lhe
proporcionou o apelido de Tiradentes.
No estudo das representações políticas
a imprensa constitui fonte das mais
expressivas. Seu papel como uma força
política é amplamente reconhecido, e no
Brasil, desde o século XIX, ela tem
participado ativamente da vida
política do País,sendo capaz de exercer
influência, expressar posicionamentos,
ajudando a construir ou a consolidar
opiniões, como ocorreu, por exemplo,
em relação à campanha abolicionista.
Há muito tempo os jornais têm dado
espaço ao tema da Inconfidência
Mineira, quase sempre para a
exaltação de Tiradentes como herói
e mártir, usando-o como modelo em
discursos em geral de natureza
nacionalista e/ou moralista.
A história de Tiradentes passou
a ocupar espaço na imprensa com o
crescimento do movimento
republicano na segunda metade do
século XIX e, mais ainda, com a
instalação da própria República.
Desde então, artigos, poemas,
reportagens, ensaios e outras
modalidades de textos têm sido
publicados prodigamente,
sobretudo no momento da
celebração da morte do herói,
a 21 de abril. Antes mesmo de
tornar-se foco de interesse da
historiografia, a Inconfidência
Mineira já era tema de uma
vasta produção de textos de
natureza diversa. Levantamentos
já bastante conhecidos indicam
expressivo volume de publicações
sobre ela ainda no século XIX2.
Artigos, conferências, discursos,
romances, contos, peças de teatro,
óperas e poemas já tomavam a
Inconfidência Mineira e seus
personagens como tema,na segunda
metade do oitocentos, demonstrando
a existência de um interesse
que não pode ser reputado unicamente
a uma construção oficial da memória
da conspiração. É verdade que,
naquele momento, uma parte do ainda
incipiente movimento republicano
tinha interesse na valorização da
Inconfidência como fundadora da
República e, por isso, estimulava
sua difusão por diversos mecanismos.
Mas creio ser possível perceber
também outras formulações,
provenientes de tradições culturais
de significação mais ampla para uma
parte da população, ao menos na
região mais proximamente ligada aos
episódios do movimento setecentista
mineiro. Também é possível considerar
as influências de uma cultura política
mais enraizada, de caráter autoritário
e personalista, derivada de práticas
perceptíveis na longa duração,
desde os tempos dos mandos dos
potentados locais das áreas de
mineração e dos sertões da
Capitaniadas. *** * ***
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Revista Brasileira de História
Print ISSN 0102-0188
Tiradentes Martir da Inconfidência
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*** Igreja da Pampulha ***
Erguida em 1943, a Igreja de São Francisco de Assis, na região da Pampulha, em Belo Horizonte, é considerada um marco na história da arquitetura brasileira e o primeiro trabalho de expressão do jovem arquiteto Oscar Niemeyer, que veio a se tornar mundialmente famoso com as obras de construção de Brasília. Junto com a Casa do Baile, o Cassino (hoje Museu de Arte da Pampulha) e o Iate Clube, a igreja compõe o Conjunto Arquitetônico da Pampulha, todos concebidos por Niemeyer. ( F Governo de Minas)
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